Como aplicar a NBR 5462 na gestão de ativos - 5 passos
A aplicação prática da NBR 5462 vai além da teoria: ela deve orientar todo o ciclo de vida da manutenção, desde o mapeamento inicial até a melhoria contínua.
Seguindo alguns passos, é possível estruturar uma gestão de ativos mais eficiente, alinhada à norma e sustentada por dados.
Passo 1: Diagnóstico da situação atual
O primeiro movimento é mapear todos os ativos da empresa e classificá-los conforme sua criticidade para a operação. Equipamentos que impactam diretamente a produção, a segurança ou a conformidade legal devem receber atenção prioritária. Esse levantamento cria a base para decisões coerentes de manutenção.
Passo 2: Definição de políticas de manutenção
Com o diagnóstico em mãos, é hora de definir quais tipos de manutenção (corretiva, preventiva, preditiva, detectiva ou TPM) serão aplicados a cada ativo. Essa decisão deve considerar fatores como custo, risco, histórico de falhas e relevância para o processo produtivo.
Passo 3: Planejamento e cronograma
A NBR 5462 orienta que a manutenção seja organizada de forma planejada. Isso envolve criar ordens de serviço, checklists de inspeção e cronogramas que garantam previsibilidade e reduzam paradas inesperadas. O planejamento também facilita a alocação de recursos e mão de obra.
Passo 4: Monitoramento e registros
Aqui entra a tecnologia. O uso de sistemas de gestão de manutenção (CMMS/EAM), como o Fracttal One, permite centralizar dados, acompanhar indicadores em tempo real e garantir rastreabilidade de todas as ações. Monitorar e registrar cada atividade é essencial para auditorias, análises de desempenho e compliance.
Passo 5: Avaliação de resultados e ajustes contínuos
A última etapa é medir os resultados por meio de indicadores como MTBF, MTTR e disponibilidade operacional. Com esses dados, a gestão consegue ajustar estratégias, corrigir falhas de planejamento e promover melhoria contínua. Esse ciclo garante que a manutenção evolua de forma sustentável e alinhada à norma.
Indicadores para medir a manutenção com base na NBR 5462
A NBR 5462 não apenas classifica os tipos de manutenção, como também serve de base para a definição de indicadores de desempenho. Esses KPIs permitem avaliar a eficácia das estratégias aplicadas, identificar gargalos e apoiar decisões de investimento em ativos.
MTBF (Mean Time Between Failures)
O Tempo Médio entre Falhas mede a confiabilidade de um equipamento. Quanto maior o MTBF, mais tempo o ativo opera sem interrupções. É um dos principais indicadores ligados ao conceito de confiabilidade definido na norma.
MTTR (Mean Time To Repair)
O Tempo Médio para Reparo (MTTR) indica a facilidade de restauração da função de um ativo após uma falha. Relaciona-se diretamente à manutenibilidade, mostrando se a equipe tem recursos e processos ágeis para corrigir problemas.
Disponibilidade operacional
É o resultado da combinação entre confiabilidade (MTBF) e manutenibilidade (MTTR). Mede o percentual de tempo em que o ativo está realmente disponível para operar, em comparação ao tempo total planejado. Alta disponibilidade significa maior produtividade e menor impacto de falhas.
Custos de manutenção
Além dos indicadores técnicos, a norma incentiva a análise de custos ao longo do ciclo de vida do ativo. Monitorar despesas com peças, mão de obra, paradas de produção e retrabalhos ajuda a comparar se a estratégia de manutenção está gerando retorno ou apenas gastos adicionais.
Outros indicadores relevantes
- Taxa de falhas: frequência com que os ativos apresentam problemas em determinado período.
- Backlog de manutenção: volume de serviços pendentes, útil para medir capacidade da equipe.
- Taxa de manutenção planejada vs. não planejada: avalia a eficácia do planejamento, reduzindo surpresas operacionais.
Boas práticas para melhorar a manutenção
Para garantir que a manutenção evolua de forma contínua e traga resultados reais, é importante adotar boas práticas que conectem pessoas, processos e tecnologia.
Capacitação constante das equipes
Treinar técnicos, operadores e gestores é essencial para que todos compreendam a terminologia da norma e saibam aplicar corretamente os conceitos de falha, defeito e confiabilidade. Equipes bem preparadas reduzem erros e aumentam a padronização das atividades.
Uso de tecnologia na gestão de ativos
Sistemas de gestão de manutenção (CMMS/EAM), como o Fracttal One, automatizam processos, centralizam registros e oferecem dados em tempo real. Isso torna a tomada de decisão mais precisa e favorece a manutenção preditiva baseada em dados.
Monitoramento por indicadores
Não basta coletar informações: é preciso acompanhar KPIs como MTBF, MTTR e disponibilidade operacional de forma contínua. Esses números permitem ajustes rápidos, ajudam a priorizar recursos e comprovam o valor da manutenção para a empresa.
Integração com a estratégia do negócio
Manutenção não deve ser vista apenas como custo, mas como parte estratégica da operação. Alinhar planos de manutenção aos objetivos da empresa garante maior competitividade e sustentabilidade a longo prazo.
Cultura de melhoria contínua
A norma reforça a importância de revisar e aprimorar processos. Auditorias internas, análise de falhas e uso de metodologias como 5 Porquês e Ishikawa ajudam a identificar causas raiz e propor soluções duradouras.
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Fracttal e a digitalização da manutenção
Colocar em prática os conceitos da NBR 5462 exige mais do que planejamento: é preciso contar com ferramentas que apoiem a gestão de ponta a ponta. A digitalização da manutenção é o caminho para transformar dados em decisões rápidas e precisas, reduzindo custos e aumentando a disponibilidade dos ativos.
Com a solução da Fracttal, gestores conseguem:
- Automatizar ordens de serviço e checklists, reduzindo tarefas manuais.
- Centralizar históricos de manutenção em nuvem, garantindo rastreabilidade e conformidade.
- Monitorar indicadores como MTBF e MTTR, facilitando auditorias e relatórios.
- Integrar sensores IoT e inteligência artificial, permitindo prever falhas e agir no momento certo.
Descubra como o Fracttal One pode ajudar sua empresa a aplicar a NBR 5462 na prática, digitalizar processos e alcançar um novo nível de eficiência operacional.