A manutenção em aeroportos e no transporte público, especialmente em metrôs, é um dos pilares para garantir segurança, eficiência e continuidade dos serviços. Quando um único componente falha, todo o sistema pode parar: trens ficam bloqueados nas vias, estações são fechadas, passageiros caminham pelos trilhos e o risco de acidentes cresce exponencialmente.
Nos últimos anos, diversos incidentes no Brasil e no exterior comprovaram que a falta de manutenção adequada, somada ao envelhecimento das frotas e à redução de investimentos, está diretamente ligada a falhas operacionais graves. De incêndios em composições à paralisação total de linhas, os exemplos mostram que a manutenção corretiva, feita apenas após a falha, já não é suficiente.
Neste conteúdo, você verá como a manutenção afeta aeroportos, metrôs e ônibus, o que acontece quando ela não é realizada corretamente e como soluções digitais aumentam a confiabilidade e reduzem riscos nesses sistemas essenciais para a mobilidade urbana.
Manutenção em aeroportos
A infraestrutura aeroportuária é um dos ambientes mais complexos do setor de transportes e também um dos mais sensíveis à falta de manutenção. Um aeroporto opera com centenas de sistemas interdependentes: pontes de embarque, elevadores, escadas rolantes, climatização, iluminação, pavimento das pistas, esteiras de bagagem, geradores, sistemas de TI, radares e muito mais.
Qualquer falha, mesmo em um componente aparentemente simples, pode causar atrasos, prejuízos operacionais e risco direto à segurança de passageiros e aeronaves.
Por que a manutenção aeroportuária é tão crítica?
Um aeroporto funciona 24 horas e recebe fluxos constantes de passageiros, bagagens, cargas e aeronaves. Isso exige:
- equipamentos de alta disponibilidade, funcionando praticamente sem interrupções;
- manutenções preventivas rígidas, muitas delas previstas por normas internacionais (como FAA, ICAO e ANAC);
- gestão rigorosa de peças e equipes, já que muitos equipamentos são importados e têm longos prazos de reposição;
- monitoramento contínuo, principalmente nos ativos mais sujeitos a desgaste, como pontes de embarque e escadas rolantes.
Quando a manutenção não acompanha o ritmo da operação, os impactos surgem rapidamente — e há vários casos reais que comprovam isso.
Casos reais recentes de problemas causados por falta de manutenção
1) Aeroporto de Guarulhos (SP): elevadores e escadas rolantes quebrados
O maior aeroporto do país também sofreu com falhas repetidas de manutenção.
Um levantamento de usuários apontou:
- pelo menos dois elevadores e duas escadas rolantes estavam interditados em áreas de grande fluxo;
- a escada rolante do check-in C só voltaria a funcionar após troca de peça crítica;
- ao todo, 36 escadas rolantes e 53 elevadores estavam em processo de revitalização devido ao excesso de falhas e desgaste acumulado.
Guarulhos lida com uma das maiores demandas de passageiros da América Latina, qualquer ativo parado impacta diretamente filas, mobilidade interna, eficiência de embarque e acessibilidade.
2) Suvarnabhumi (Bangkok): escada rolante trava após parafuso brar
Em junho de 2025, uma escada rolante do Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi sofreu um travamento brusco devido a um parafuso quebrado que ficou preso entre os degraus, acionando o sistema de segurança e forçando dezenas de passageiros a saltar rapidamente da escada.
Apesar de não haver feridos, o caso evidenciou que:
- pequenas peças negligenciadas podem gerar situações perigosas,
- sensores de segurança respondem, mas não substituem a manutenção preventiva,
- falhas inesperadas criam risco operacional e de queda em escadas lotadas.
Após o incidente, a Hitachi Elevator realizou inspeções e reparos emergenciais, reforçando a necessidade de inspeções periódicas profundas.
Leia também: Manutenção corretiva, preventiva e preditiva: o que é e aplicações
Manutenção em metrôs e ônibus
A operação de metrôs e ônibus depende de ativos altamente sensíveis ao desgaste e à falta de manutenção. Em ambos os modais, um único componente que falha, seja uma lona de freio, uma válvula pneumática, um pantógrafo ou uma subestação, pode provocar desde atrasos até acidentes graves e interrupções totais no serviço.
Como esses sistemas transportam milhares de pessoas diariamente, as consequências da manutenção inadequada aparecem de forma imediata: trens parados entre estações, linhas interditadas, ônibus sem freio, incêndios em composições e sobrecarga na rede urbana.
A complexidade técnica dos sistemas
Tanto a malha metroviária quanto as frotas de ônibus exigem planos rígidos de manutenção preventiva e preditiva:
Nos metrôs, os ativos incluem:
- composições com motores de tração, freios pneumáticos, portas automáticas e sistemas de ar comprimido;
- trilhos, AMVs, subestações elétricas e cabines de sinalização;
- escadas rolantes, elevadores e ventilação;
- sistemas críticos de energia e controle operacional.
Nos ônibus, os itens mais sensíveis são:
- sistema de frenagem (discos, lonas, válvulas pneumáticas);
- suspensão, pneus e direção;
- motores e sistemas de ar comprimido;
- inspeções diárias obrigatórias previstas em normas do Contran.
Ambos os modais lidam com ciclos de operação intensos e pouco tempo de janela para inspeções, o que torna a digitalização ainda mais importante.
Incidentes reais mostram o impacto direto da falta de manutenção
Falhas no Metrô-DF expõem riscos estruturais
Entre janeiro e abril de 2025, o Metrô-DF registrou 25 acidentes, incluindo:
- falha de freios que gerou fumaça e cheiro de queimado, exigindo evacuação de um trem em Águas Clara;
- interferência na rede elétrica que interrompeu completamente a circulação;
- dois trens que pegaram fogo em 2024, levando à revisão dos protocolos operacionais.
Somando-se a isso, o orçamento de manutenção despencou 88,3% desde 2019, ao mesmo tempo em que trens antigos (alguns de 1994) continuam operando, um cenário que aumenta o risco de falhas graves.
Acidente grave com ônibus da UFSM (RS)
Em abril de 2025, um ônibus da Universidade Federal de Santa Maria tombou após perder o controle em uma descida. A perícia identificou:
- desgaste “catastrófico” na lona do freio;
- ausência de manutenção adequada;
- negligência em inspeções anteriores.
O acidente deixou 7 mortos e 26 feridos.
Leia também: Análise de falhas: o que é, ferramentas e passos práticos

Por que a falta de manutenção gera prejuízos?
A falta de manutenção em aeroportos, metrôs e ônibus gera uma cadeia de prejuízos que começa na segurança e se estende para o financeiro, operacional e reputacional. Quando ativos críticos não são inspecionados ou têm sua manutenção adiada, o risco de falhas cresce exponencialmente.
Além dos riscos à vida, a falta de manutenção provoca paralisação total de sistemas, como aconteceu no Metrô do Recife, onde uma falha na energia de tração fechou 19 estações e obrigou passageiros a caminhar pelos trilhos para evacuar a via, afetando milhares de pessoas e gerando horas de atraso na cidade.
Por tudo isso, a falta de manutenção representa um prejuízo que vai muito além do financeiro; ela coloca em risco vidas humanas, paralisa cidades inteiras, gera multas, processos judiciais e danos à reputação de operadores e concessionárias. Investir em manutenção não é apenas uma escolha operacional, é uma decisão estratégica para garantir segurança, disponibilidade e sustentabilidade de longo prazo no transporte público e aeroportuário.
Como a tecnologia da Fracttal pode ajudar
A complexidade dos sistemas de transporte — aeroportos, metrôs e ônibus — exige uma gestão de manutenção que vá além de planilhas, controles manuais ou processos reativos. É nesse cenário que a tecnologia da Fracttal se torna indispensável.
A plataforma permite digitalizar toda a operação, centralizando ordens de serviço, histórico de intervenções, inventário de peças, planos de manutenção, checklists e registros fotográficos em um único ambiente fácil de usar e acessível de qualquer dispositivo. Isso reduz falhas humanas, acelera a execução e aumenta a confiabilidade das informações usadas na tomada de decisão.
Com o uso do Fracttal One, equipes conseguem antecipar problemas por meio de manutenção preventiva e preditiva, monitorando ativos em tempo real com sensores IoT que acompanham vibração, temperatura, ciclos de uso e outras variáveis críticas.
Outro diferencial é a redução direta de custos. Ao substituir manutenção corretiva por rotinas planejadas e preditivas, a Fracttal ajuda a evitar paradas inesperadas, amplia a vida útil dos equipamentos e reduz o uso emergencial de equipes e peças. Com indicadores como MTBF, MTTR e custos por ativo, gestores conseguem priorizar investimentos com precisão e atuar de forma estratégica. O resultado é uma operação mais segura, eficiente e confiável, exatamente o que sistemas de transporte urbano e aeroportuário precisam para funcionar sem falhas.
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